"Exmo. Senhor Gustavo Neves
Lamentamos, desde já, as perturbações previstas na circulação.
Trata-se de uma situação resultante do exercício de um direito consagrado na Lei e que transcendeu a vontade da Empresa, pelo que esta ficou limitada no desenvolvimento da sua actividade normal.
Sendo a adesão à mesma uma decisão pessoal dos colaboradores, não foi possível prever com antecedência as implicações da mesma, nem assegurar qualquer serviço alternativo.
Informamos ainda que, do ponto de vista legal a CP não seja directamente responsável pela situação, a questão de reembolso apenas se coloca em situação de supressão total de circulações, num determinado trajecto, e caso tenha adquirido um título de transporte para viajar especificamente no dia e comboio em causa, antes de ter conhecimento da supressão ou anúncio de greve. Estas condições apenas se aplicam aos portadores de bilhetes simples válidos para o percurso, comboio e data em que se verificou a supressão, não se aplicando às Assinaturas por serem títulos multiviagens, válidos para vários dias.
Reiterando as nossas desculpas pelos impactos sofridos, apresentamos a nossa disponibilidade para qualquer outro esclarecimento ao nosso alcance.
Melhores cumprimentos
Em primeiro lugar gostaria de agradecer por terem respondido ao meu e-mail. No entanto quero deixar bem explicito o meu descontentamento já que, tendo os trabalhadores o direito de fazer greve, estão a limitar o direito dos utentes de um serviço por vezes já pago. Penso também que há da parte da empresa/funcionários a obrigatoriedade de manterem os serviços mínimos e seria certamente justo a devolução da parcela mensal em causa a quem já comprou passe, não sendo por questão monetária, que seja por uma questão de principio já que ainda para mais a CP tem um numero de greves que não é de todo aceitável que seja suportado unicamente pelos utentes.
Obrigado,
Gustavo Neves"
GN